Quando o cuidado silencioso nos envolve sem nos encostar
Alguns gestos não se veem, mas se sentem. São mãos que não nos tocam, mas nos seguram. Palavras que não são ditas, mas nos sustentam. Presenças que não ocupam espaço, mas fazem morada dentro da gente.
Há dias em que não há ombro, nem colo, nem toque. E mesmo assim, a alma se percebe amparada. Por quê? Talvez porque alguém pensou na gente sem avisar. Talvez porque o universo tenha sussurrado consolo. Talvez porque um abraço invisível nos encontrou — e quase tocou nossa alma.
Esse é o Sagrado de Cada Dia: quando o invisível se aproxima e a alma reconhece o gesto antes da mente entender.
O sagrado mora nos gestos que ninguém viu
Uma xícara de café deixada sobre a mesa.
Um bilhete esquecido com um “se cuida”.
Um silêncio respeitoso no momento certo.
Há quem abrace sem braços. Há quem cuide sem alarde. E esses são os mais potentes.
Quando algo dentro da gente se aquece sem explicação, talvez tenha sido um desses encontros invisíveis: a energia de alguém pensando com carinho em nós.
Quase toque, quase presença, mas inteiro amor
Certa vez, alguém me ligou só para dizer:
— Não tenho nada para dizer. Só queria que você soubesse que estou aqui.
Nada foi dito depois disso. Mas eu desliguei com a sensação de ter recebido um abraço daqueles que curam por dentro.
Foi um abraço que não aconteceu. Mas me tocou profundamente.
Espiritualidade é também sentir o que não se vê
A espiritualidade silenciosa que inspira este blog não se veste de ritos nem discursos. Ela se manifesta assim: num gesto pequeno, numa lembrança sutil, num cuidado invisível.
Esses abraços que não acontecem, mas ainda assim curam, são sinais de que existe algo maior cuidando da gente — através das outras pessoas.
Prática simbólica: enviar um abraço invisível
Hoje, feche os olhos por um instante.
Pense em alguém que esteja precisando de carinho.
Sem precisar mandar mensagem, sem precisar dizer nada, apenas pense:
“Que você se sinta abraçado(a), mesmo à distância. Que a alma perceba.”
Permita que essa intenção viaje pelo invisível.
Talvez, em algum lugar, alguém sinta um calor inesperado no peito. E se pergunte:
“O que foi isso que acabou de me tocar?”
E você?
Já se sentiu amparado por alguém mesmo sem palavras?
Já sentiu como se alguém estivesse ali, mesmo sem estar?
Compartilhe aqui. Há consolo na partilha das delicadezas invisíveis.
Citação inspiradora
“Nem todo abraço precisa de braços. Alguns são feitos de presença, pensamento e amor silencioso.”
— Sagrado de Cada Dia