Quando a Chuva Vira Reza

Oração Que Cai do Céu

Nem toda oração precisa de palavras. Às vezes, basta que a chuva comece a cair. Há algo de profundamente sagrado no som que pinga do céu para a terra — como se o universo inteiro se lembrasse de sentir. A chuva não pergunta. Ela vem. Ela molha. Ela insiste. E em sua presença, algo em nós também cede.

Quando a chuva chega, há uma convocação silenciosa para recolher-se. As ruas se esvaziam, os corpos abrandam, a alma escuta.

Entrega Sem Esforço

Enquanto cada gota toca o telhado ou desliza pelo vidro da janela, há um chamado velado à entrega.

Não há como apressar a chuva. Não há como segurá-la. Ela simplesmente acontece. E talvez o segredo esteja aí: no que não se controla, no que se aceita. Quando a chuva cai, ela ensina que há beleza no que foge das mãos.

Assim também é com as dores, com as pausas, com os recomeços. Quando não lutamos contra o que é maior que nós, aprendemos a confiar.

O Som Que Acalma

Em dias de alma agitada, há um consolo antigo no som da água caindo. Um som que embala, que purifica, que lembra do essencial: tudo passa. O peso de hoje, a ansiedade da manhã, o medo escondido — tudo encontra abrigo no ritmo constante da chuva.

Ela não soluciona, mas amacia. Ela não responde, mas silencia.

Prática simbólica

Hoje, se a chuva vier — ou mesmo que não venha — feche os olhos por um instante. Imagine gotas caindo suavemente sobre você. Inspire. Solte. E repita em silêncio:

“Eu deixo ir. Eu permito. Eu confio.”

Citação para guardar

“A chuva não precisa pedir licença para ser oração. Ela apenas é.” – Sagrado de Cada Dia

Leia também:

O Silêncio Que Me Acolhe
O Fim Que Vira Asa

Compartilhar:

Publicações Relacionadas

plugins premium WordPress